sábado, 27 de setembro de 2008

Parada Gay: o que você pensa?

Vamos lá..
>> Hoje eu descobri que o Netinho há muuuiitto tempo se declarou bissexual. Eu é que estava atrasada nas notícias =S
>> Acabei de assistir (enfim!) o último capítulo da 5ª temporada de The L World. Não concordo com quem diz que a série perdeu seu brilho e que ficou só nas besteiras da Shane. Mas te
nho que concordar que essa personagem é realmente u ó!

>> E domingo (28/09) é a Parada Gay de Arapiraca. A 3ª Parada Gay do Agreste. A organização é do grupo Sohmos, da cidade, que espera reunir cerca de 50 mil pessoas no evento. E é aí que eu abro a discussão sobre a politização do movimento GLBTTTT...

Ok, pelo menos em teoria, as nossas paradas visam conscientizar a população sobre o preconceito, combater a homofobia, enfatizar a prevenção às DST, e tudo aquilo que é importante para nós. Mas eu me pergunto até onde nossas paradas alcançam e conquistam, de fato, o coração e as mentes das pessoas (até parafraseando Clóvis Rossi).

É certo que visibilidade nós conseguimos, afinal 50 mil pessoas não são são 50. Mas será que todas essas pessoas estão comprometidas com a causa ou querem somente festa? "Lógico que nem todas estão comprometidas, mas o importante é que elas estão lá", me diria alguém. Mas será mesmo que é isso que importa?

Um amigo de São Paulo diz que desistiu de participar da grande Parada de lá porque a organização simplesmente está fechada para novas idéias. É aquilo e pronto, participe!! Fico preocupada até com o comprometimento dos próprios GLBTTTT que participam do movimento. Qual é o discurso depois que acaba a Parada? Até onde a POLÍTICA e esse tal de capitalismo está por trás do nosso movimento? Afinal, tem muita gente que passou a adorar as paradas (R$$$$$$$$$)...

Acho que o discurso das nossas paradas gays está equivocado. Quando fui à minha primeira parada adorei, muita festa, muita bebida, muita liberdade na orla. Mas cheguei em casa, caras feias porque eu tinha ido lá e sequer pude retrucar argumentando algo que aprendi, porque, politicamente, eu não tinha aprendido nada. Eu só tinha participado de uma grande festa gay, ao ar livre, com muitos arco-íris, muita gente semi-nua. Isso é ótimo, eu adoro, mas pra mim não passou de uma festa gay. E festas gays é o que não nos falta. Se para mim foi assim, imagina para as outras pessoas? E para quem estava em casa?

Eu entendo que para muita gente é o momento de poder estar à vontade, de poder estar de mãos dadas, de poder flertar sem apanhar, só pra ser básica. Em Arapiraca, ainda mais, eu sei! E é por isso que acho que esse momento POLÍTICO (e não política) deveria ser trabalhado para ir além de uma grande festa arco-íris. Para mim, por exemplo, a organização da Semana da Visibilidade Lésbica é muito mais interessante. As pessoas precisam entender que estamos por aí, no dia-a-dia, esperando respeito. E a Parada, pela força que tem para aglutinar pessoas, não pode continuar sendo somente uma festa.

é o que penso. está aberta a discussão. kaká

mais informações: Alagoas em Tempo Real

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